domingo, 25 de agosto de 2019

Mesmo com uma dívida de mais de R$ 5 bilhões secretário defende novos empréstimos para o Piauí

O secretário de fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, defendeu os pedidos de novas operações de crédito feitos pelo governo do estado. Os pedidos de crédito vem recebendo críticas da oposição, que alegam que o governo está comprometendo as futuras administrações ao endividar o estado.

Secretário de fazenda do Piauí, Rafael Fonteles

Segundo Fonteles, a divida do Piauí diminuiu nos últimos cinco anos e o Piauí é um dos estados menos endividados do país.

“É louvável o papel da oposição de fiscalizar, fazer seus alertas, o que nos ajuda a acertar mais. Ocorre que nesta questão de endividamento os dados são muito claros. O endividamento do Piauí nos últimos cinco anos diminuiu. Então como isso é possível se o estado faz novas operações de crédito? É possível porque o Estado paga mais dívida do que faz novas dívidas. Em 2019, especificamente, o Estado do Piauí paga R$ 700 milhões em dívida e recebeu de aportes novos de operação de crédito menos de R$ 400 milhões. Então a dívida diminuiu. O estoque da dívida diminui. O estoque do Piauí já era baixo, está mais baixo ainda. O Piauí pode e deve contratar novas operações de crédito para fazer frente aos investimentos que a população tanto deseja, tanto clama e só podem ser feitos com investimentos de operação de crédito, que podem ser feitos agora e serem pagos em 30 anos”, disse.

Segundo ele, a divida do Piauí está em mais de R$ 5 bilhões e representa menos de 15% do PIB piauiense, deixando o estado em situação confortável para fazer empréstimos.

“O endividamento do Piauí é muito baixo se comparado aos outros estados e se comparado a União. Não temos dúvidas de que o Piauí cumpre os requisitos legais e técnicos necessários para obter operações de crédito, enquanto na União o estoque da dívida se aproxima de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), no caso do Piauí não chega a 15%. Colocando a grosso modo o PIB acima de R$ 40 bilhões e uma dívida na casa de R$ 5 bilhões é menos de 15% do PIB, enquanto a União chega a 80%. A dívida do Piauí diminui ao longo de cinco anos. O estado paga mais dívida do que contrai novas dívidas. O endividamento diminui mesmo com as operações de crédito”, diz Fonteles.

Ele ainda diz que a Secretaria do Tesouro Nacional usa uma política rigorosa para a classificação dos estados com relação a capacidade de pagamento, que a nota do Piauí é B e que o governo tem como meta manter a nota nos próximos anos.

“É algo sensato, algo prudente, é algo cauteloso e algo benéfico para a população. Não só a população atual, mas para as futuras gerações. Existe um tratamento rigoroso por parte do Tesouro Nacional que só concede garantia da União para quem faz o dever de casa. O Piauí é um dos estados da federação que tem nota entre A e B. Nossa nota é B. Vamos continuar vigilantes na questão fiscal para poder manter esta nota nos próximos anos. Isso é uma meta nossa, do governador Wellington Dias e da equipe econômica. Então as operações de crédito nesse atual momento são extremamente bem-vindas e importantes para a população do nosso estado”, disse.

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